Depósitos-satélites:
uma rede de formiguinhas
Por toda a cidade, catadores de
papel garantem o sustento de suas
famílias, com trabalho honesto
e digno. Prestam ainda um benefício
de grande importância social,
limpando as ruas do que para os
outros é lixo. O que recolhem,
na verdade, além do pão
de cada dia, é também
uma melhor qualidade de vida para
todos.
Os catadores recolhem os
papéis e os levam até
o depósito mais próximo,
onde eles são pesados e comprados
à vista.
Mas o dono do depósito
lida com um problema sério:
paga à vista e pode vender
a perder de vista. Quer dizer: como
a procura por papel reciclável
varia em função da
economia, o dono do depósito
(que, normalmente, não tem
um capital de giro que lhe permita
ficar despreocupado) corre o risco
de ficar com o material acumulando,
sem ter quem o compre, ou de vendê-lo
a preço muito baixo.
Para se ter uma idéia
da dimensão do problema,
é preciso lembrar dois pontos
importantes. Primeiro: a embalagem
é o "termômetro"
da economia; quando sua produção
sobe, é sinal de que a economia
está aquecida; quando a produção
cai, é porque as fábricas
estão produzindo menos. É
por isso que os catadores conseguem
recolher mais ou menos papelão.
Segundo: a procura por papel reciclável
aumenta quando a celulose - outro
material com que se fabrica papel
- está cara (ou quando o
dólar está alto, porque
a cotação da celulose
é em dólar). No caso
contrário, a procura por
papel diminui. Conclusão:
como em tudo o mais na economia,
quando a procura é maior
que a oferta, o preço do
produto sobe; quando a oferta é
maior do que a procura, o preço
cai.
As conseqüências
de toda essa delicada equação
recaem sobre a ponta da corrente:
nos donos dos depósitos e,
por tabela, nos catadores de papel.
A solução:
os depósitos-satélites
A Redisa valoriza
o trabalho de formiguinha dos catadores
de papel e apóia os depósitos
que dão sustento a tanta
gente. Por isso, implantou um sistema
que profissionaliza os depósitos,
sem que tenham custo algum com isso,
e garante a eles a compra do material
ao preço de mercado do momento.
Por sua vez, a Redisa consegue
assim ainda mais fornecedores, para
jamais deixar de atender os pedidos
de seus clientes. São os
depósitos-satélites.
Satélites porque, não
estando nas dependências da
empresa, são porém
mais uma forma de armazenar papel
e garantir matéria-prima.
Até o momento, a
Redisa já instalou
35 depósitos-satélites
na Grande São Paulo. Para
aderir ao sistema, o dono do depósito
deve apenas entrar em contato com
a empresa, manifestando seu interesse.
A Redisa instala uma caçamba
aberta e se encarrega de coletá-la
quando estiver cheia, substituindo-a
por outra, vazia. O pagamento é
à vista, ao preço
do dia. Se o volume de papel justificar,
a empresa pode instalar também
uma prensa vertical elétrica;
a manutenção e a orientação
técnica também são
fornecidas gratuitamente. Em ambos
os casos, a coleta é feita
quando o dono do depósito
a solicita.
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